EU PESCADOR ME CONFESSO
Da primeira vez que foram pedidos sacrifícios, os portugueses surpreenderam-se. Tinham-lhes prometido benesses e, em troca, estavam a dar-lhes penalizações. No entanto, aceitaram a justificação de que esses sacrifícios eram para tapar buracos orçamentais. Resignaram-se, visto tratar-se de uma boa causa. E ficaram convencidos de que, tapados os buracos com os seus sacrifícios, tudo passaria a funcionar conforme o prometido. O Governo analisou, quantificou, fez as contas e avançou…
Há interesses instalados no poder há demasiado tempo. Para manter o poder, custe o que custar, usam-se todos os meios, favores e influências, e vale tudo. Isso tem de mudar!
Há situações que a população desconhece e que os partidos instalados no poder não têm interesse em revelar. Só uma equipa nova e sem amarras partidárias pode mudar a situação.
Editorial
Há uns anos, o presidente da República pedia que o deixassem trabalhar. Há uns dias um homem foi multado por tê-lo mandado trabalhar, enquanto decorriam as comemorações do dia de Portugal.
EU PESCADOR ME CONFESSO
O Governo vive em estado de estupefacção permanente. Fica espantado com o aumento do desemprego, com o aumento do défice, com o aumento da recessão, com o aumento da dívida, com a diminuição da receita (apesar do aumento de impostos), com as decisões do Tribunal Constitucional. Só não fica espantado com a sua incapacidade para prever as desgraças nem com a sua incompetência na execução orçamental, as verdadeiras razões de espanto. Procura agora arranjar um álibi para justificar os seus reveses, mesmo estando antecipadamente avisado do seu aparecimento.
EDITORIAL
É de temer todos aqueles que foram nados e criados no seio da política. É esta a grande lição que nos dá a História desde as civilizações mais remotas e, se quisermos, até as guerras religiosas nos dão o mesmo ensinamento.
EU PESCADOR ME CONFESSO
Cavaco prometeu-nos uma magistratura activa neste segundo mandato, só não disse que essa actividade se ia manifestar em passeatas, em visitas temáticas ou em reuniões clandestinas. O seu apoio incondicional à legitimidade deste Governo é um acto de oportunismo político e uma fuga às responsabilidades. É, também, uma redoma de conveniência e covardia a que ele pomposamente chama prudência, sensatez e recato.
EDITORIAL
Que há um “Big Brother” que cruza os nossos dados profissionais, bancários, pessoais e que é possível saber quase tudo sobre alguém desde que se tenham alguns números de identificação e alguma habilidade informática, já todos sabemos. Digamos que o Estado é uma espécie de “Big Brother” e nós, todos os portugueses com número de contribuinte, estamos, constantemente, a ser observados.
Editorial
Diz-se que os atos são sempre mais importantes que as palavras. E, assim é, de facto. O silêncio acompanhado pela nossa presença podem transmitir conforto, solidariedade, preocupação, carinho e tantos outros sentimentos que, muitas vezes, não precisam de ser nomeados para serem sentidos e compreendidos.
Editorial
A Alemanha tem vindo, nos últimos tempos, a impor a sua forma de pensar e de estar na política europeia, ditando as regras do que os outros países hão-de fazer ou não hão-de fazer. Os telejornais mostram-nos diariamente uma Sr.ª Merkel empenhada em ditar regras e ter opiniões sobre os elos mais fracos da economia europeia. Esta atitude é, só por si, deveras preocupante. A última vez na História da humanidade que a Alemanha teve uma atitude semelhante em relação aos restantes países da Europa, houve um holocausto e uma Segunda Guerra Mundial.